Nomes e Escrita


Olá outra vez

Primeiro tenho de esclarecer a muita gente o porquê do site e do nome que ele tem. Porquê nabaisu.com e não nabais.com ou joaonabais.com? Porquê o nabaisu.com? Basicamente foi porque os sites acima não estavam disponíveis. Mas também não há problema porque eu vou-vos explicar como é que se escreve o meu nome aqui em terras de Japôn. Uma coisa muito bonita que o alfabeto latino tem que o japonês não tem é o facto de ter letras que vivem sozinhas. Isto é, eu posso juntar um “r” a um “c” na palavra “barco” mas aqui no Japão não dá para fazer isso.

No alfabeto nipónico, à excepção das vogais e de um “n” solitário, todas as consoantes que existem têem de ter uma vogal associada a eles. Vou-vos dar um exemplo com a mesma palavra em cima: a palavra barco não pode ser escrita em japonês. Isto porque não há a letra “r” sozinha mas há as seguintes opções: “ra”, “re”, “ri”, “ro” e “ru”. Como é que fazemos a palavra barco desta maneira? Escrevemos “Ba-ru-ko”.

É assim que são as coisas aqui. E isto é das coisas que mais graça dá ao Japão. É estar a traduzir literalmente uma palavra que só vamos perceber passado um pouco que é da maneira que é. Um exemplo disto que falo acima é o nome de um chocolate que se chama: “bu-ra-kku sa-n-da-a”. O que é que pensam que isto significa? “Black Thunder”. Isto é provavelmente a coisa mais japonesa e difícil de entender, que é mesmo a maneira de ler palavras que conhecemos, de uma maneira que nos é completamente estranha.

Agora, como é que eu assino o meu nome normalmente – João Nabais Matos? Eu vou-vos dizer: “jyo – a – n” (porque o nome sai todo mal quando é “jyo – a – o” e eles o tentam dizer) “na – ba – i – su” “ma – to – su”. Ou seja, sou o jyoan nabaisu matosu. Muito prazer.

Agora, o meu nome próprio é muito difícil para dizer em qualquer língua por causa do “ão” bonito que só nós é que temos no nosso dialecto fantástico e eu comecei a perceber que a malta cá dizia o nabais muito mais facilmente, por isso agora quando me apresento é sempre por nabais, com um sotaque em que tento meter o “u” no fim para ver se eles percebem, porque para eles não há maneira de escrever sem o “u” no fim.

Como podem ver na imagem acima, recebi como prenda de anos uns pauzinhos com o meu nome, vejam como é que está escrito o meu nome =)

Quanto ao site, ultimamente tenho tentado escrever alguma coisa, e nada melhor que ir vendo quanto é que escrevo por dia, por isso fiz um site que é a minha homepage cada vez que abro o browser e que me diz quanto é que tenho escrito ultimamente. O site está todo automático porque eu fiz uns scripts (programas de computador) que me fazem o trabalho. Só tenho de carregar em 2 botões e um documento abre-se onde eu possa escrever e ao mesmo tempo o computador fecha-me a internet toda por meia hora para que eu possa escrever durante esse tempo, depois vem a parte em que tenho de escrever e no fim quando gravar o documento carrego em outros 2 botões e ele automaticamente me actualiza um excel com o número de palavras que escrevi num dia inteiro e ainda me actualiza o site. Muito nice mesmo.

Quanto ao que escrevo, sei lá, é o que me der na cabeça no momento. Só sei que tenho de escrever. Se eu não me lembrar de nada, escrevo do tipo “agora não sei o que escrever, mas vou continuar porque daqui a nada já me lembro de qualquer coisa, e por falar nisso…”. Quero ver se me começo a habituar a escrever para que me consiga expressar por escrita. Isto ao menos está-me a fazer bem à cabeça porque estou a achar cada vez mais fácil escrever para a tese depois de ter escrito já muitas palavras. Sinto-me bem com isto =)

Pronto, podem agora perceber a origem do site em muitas mais palavras do que as necessárias, mas ao menos ainda ficam a saber algo novo =)

E vou voltar outra vez para o tema da bicicleta um pouco por pedido da malta que quer saber como é que ela é. Como prometido, tirei umas fotografias à bicicleta, mas não pude tirar muitas mais porque está um frio do c** (desculpa avó mas teve de ser porque não há outro nome para o frio que está, mas se quiseres para a próxima digo isto em coreano ou em japonês =) ). Podem ver aqui a bicicleta com quadro de menina, e isto é ao atravessar a ponte. Podem ver à esquerda, paralelo ao rio um caminho. Este caminho é o que faço quando quero ir para outros lados da cidade. É muito bonito e não tem sinais de trânsito. Apesar de não ser o caminho mais directo para minha casa é o segredo para que depois possa dizer à malta que faço um tempo recorde para casa. Isso deixa-me feliz =).

Tenho também imagens do caminho, mas como estava muito frio não quis parar a bicicleta e então meti-me a tirar selfies e imagens ao caminho.

Como podem ver, o caminho é fixe, e eu estou a tirar fotografias com uma mão e a outra faz um fixe para a câmara. Agora pensem comigo, qual é a mão que está a conduzir a bicicleta? Deixo-vos a pensar neste mistério mas como dizia o outro depois de andar sem mãos: “Olha mãe!! Sem dentes!”. Foi algo que felizmente ainda não me aconteceu… (noc noc noc (barulho em madeira))

Ah, e tenho de dizer que me apaixonei recentemente.
Apaixonei-me por torradas de abacate. Só isso, pão bimbo torrado com pedaços de abacate cortados finos em cima. Consigo comer uma montanha deles de uma vez, mas a fruta e alguns vegetais aqui são meio caros. Aqui não há preços ao quilo, há preços à unidade. Quanto à comida, a maior parte das coisas têm um preço normal aqui comparado com Portugal, mas há sempre aquelas coisas que não fazem sentido nenhum. Como por exemplo o preço da fruta e de alguns vegetais ou o preço do arroz. Por um quilo de arroz pagamos no mínimo 3€, o que é um roubo completo, ou seja, quem diz que o Japão é seguro então nunca comprou um quilo de arroz. Já fui roubado muitas vezes cá eu.

Tenho ainda a dizer que o meu telemóvel anda a ser vítima de tentativas de homicídio consecutivas.
Depois de ter partido o ecrã do meu telemóvel pela primeira vez ao ver macacos percebi que ia ter de esperar tipo 1 mês para o arranjar na loja oficial, e decidi que o ia arranjar eu. Fui então à Amazon japonesa à procura de outro ecrã e mandei-o vir. Não é que o ecrã, que era de qualidade chinesa, funcionava. E até funcionava bem demais, ou seja, ele tinha vida porque ia clicando em sítios ao calhas do ecrã sem que eu o mandasse. Podem ver no vídeo em baixo.

Depois desse ecrã mandei vir um novo ecrã que me durou cerca de 2 dias porque caiu no chão e partiu-se, outra vez qualidade chinesa. Desta vez não quis arriscar e mandei vir logo 2 novos ecrãs para que, se um dos ecrãs se estragasse, tinha o outro. Não é que o novo ecrã anteontem me caiu do bolso enquanto estava a ir comprar pão de bicicleta e só reparei que ele tinha caído quando já em casa ia na 5a torrada de abacate de almoço. Voltei atrás e dei com o meu telemóvel no meio da estrada com o ecrã completamente partido. Tenho a certeza de que um ou mais carros lhe passaram por cima, mas quando o fui ligar ele funcionava. Aqui conseguem ver o bonito estado em que ele ficou…

No entanto, como já tinha o ecrã suplente nem em 1 hora tinha de novo o meu telemóvel outra vez. Basicamente ele foi às urgências e voltou de lá como novo. Senti-me um verdadeiro médico =)
(Para quem me disser que o telemóvel me está a sair caro, as empresas até agora que me venderam os ecrãs têm-me feito sempre os refunds porque a qualidade dos ecrãs que me têm mandado vir são uma chaissa (chineses)).

E sem de momento mais nada para dizer,
Até já
João Nabais


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